Em 1979 a psicóloga Lenore Walker, após estudo com mulheres em situação de violência, percebeu que as relações violentas operam de forma cíclica, em 3 fases distintas.
O que é ciclo da violência?
Informações essenciais sobre a violência contra as mulheres
O combate à violência contra as mulheres é fundamental para promover uma sociedade mais justa e igualitária. Entender o que é violência de gênero e como combatê-la é essencial para construir um mundo onde todas as mulheres possam viver livres de medo e opressão.
O que é violência contra as mulheres?
A violência contra as mulheres é um fenômeno social e histórico.
Abrange qualquer ato ou conduta que cause dano físico, sexual, psicológico ou econômico às mulheres, seja no âmbito público ou privado.
Essa violência é uma violação dos direitos humanos e uma manifestação das desigualdades de gênero, resultante de estruturas sociais e culturais que perpetuam a subordinação das mulheres.
Quais são as formas de violência?
Violência física
Violência moral
Violência sexual
Violência psicológica
Violência patrimonial
Outras formas
violência política, obstétrica,
simbólica, virtual, e, em
última instância, o feminicídio.
Quais são as fases do ciclo?
Tensão
Nessa fase é comum que a mulher seja ameaçada, tenha seus pertences quebrados, sendo alvo dos excessos de ciúme e raiva do homem, que na maioria das vezes possui relação próxima com a vítima.
Sem entender o motivo de tamanha raiva, a mulher procura fazer tudo para não o irritar mais ainda.
Agressão
Toda a tensão que vinha sendo acumulada durante a primeira fase culmina em uma agressão, seja ela verbal, física, psicológica, moral ou patrimonial.
Apesar de possuir consciência da falta de controle do agressor, a mulher nessa fase pode sentir um forte sentimento de impotência e impossibilidade de ação e reação, sofrendo danos psicológicos que geram insônia, ansiedade, medo, ódio e solidão.
Lua de mel
A fase é conhecida como “lua de mel”, pois o homem deixa de lado, por um tempo, os comportamentos agressivos, e passa a ser mais carinhoso e amável para reconciliar-se com a mulher. Ela mantém em mente os bons momentos que viveu com ele.
Sentindo-se também responsável pela relação e por ele, estreitam-se os laços. O agressor faz promessas de mudança e muitas vezes chega a culpabilizar a vítima pelos ataques.
Majoritariamente, o ciclo tende a se repetir, voltando a primeira fase, a da tensão.
Além disso, com a repetição, as violências tornam-se mais intensas, diminuindo o período entre uma fase e outra.
É imprescindível romper com o ciclo da violência enquanto antes, pois, ao se agravar, muitas vezes pode resultar em feminicídio, ou seja, no assassinato da mulher.
O ciclo da violência
O ciclo da violência, conceito desenvolvido por Lenore Walker, descreve os estágios pelos quais uma vítima de violência doméstica passa, desde a fase de tensão, passando pela explosão da violência, até a fase de lua de mel. Reconhecer esse ciclo é crucial para entender a dinâmica da violência e oferecer suporte adequado às vítimas.
A violência em números
é o total de mortes violentas de mulheres, segundo os números mais atualizados de 2022.
3.423
feminicídios foram registrados nas delegacias do país, até outubro 2023
1.127
30%
das mulheres do país já enfrentaram violência doméstica ou familiar.
74%
delas acredita que a violência aumentou no último ano (2023).
50%
das mulheres sofre violência pelo marido ou companheiro.
acusam o descumprimento das medidas protetivas.
48%
Fontes: Mapa Nacional da Violência de Gênero (2022) e Pesquisa Nacional de Violência contra a Mulher (2023) | Instituto Avon
Onde pedir ajuda?
No Brasil, existem diversas instituições e serviços que oferecem apoio e assistência às mulheres em situação de violência.
Alguns dos principais números de contato incluem o Disque 190 (Polícia Militar), o Disque 180 (Central de Atendimento
à Mulher) e o Disque 100 (Disque Direitos Humanos).
Como ajudar uma amiga em situação de violência?
Muitos municípios ainda contam com Centros
de Referência de Atendimento à Mulher (CRAM), Delegacias Especializadas para Mulheres (DEAM), Patrulha Maria da Penha, Centros de Assistência Social (CRAS) e entidades de apoio.
Essas organizações oferecem acolhimento, orientação jurídica, psicológica, assistência médica e social de forma gratuita.
Acesse o Painel 180 e saiba onde buscar auxílio.
Se você conhece alguém que está enfrentando violência de gênero,
é importante oferecer apoio e encorajá-la a buscar ajuda profissional.
Como promover a igualdade
de gênero na minha empresa?
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